LOMÓGRAFO
30 outubro 2006
Meridien
Pouco faltava para as 03.30h de sábado, dia 28, dia do FCP:3-SLB:2, quando o Jorge Nuno saíu do hotel Meridien, ali a meia-dúzia de minutos a pé onde dormia (?) Veiga e a equipa de futebol da Instituição. Não há como criticar a escolha de Jorge Nuno para passar cerca de 3 horas em amena cavaqueira. Bar tranquilo q.b., clientela sexy e respectivos investidores, mesa de bilhar à antiga (o pano é vermelho, mas trata-se apenas de um pormenor), enfim, um pedaço da improvável sociedade portuense com o obrigatório toque cosmopolita. Até joão nabeiro, vindo de itália com a mulher, pernoitou no hotel com os elevadores mais espectaculares de Portugal.Ah! Ah! nada disto tem a ver com o 3-2 no Dragão. Aí, aconteceu apenas o que "FM 07" tinha repetido à exaustão: a derrota do Benfica
01 novembro 2005
Gustave, Le Bon
Relativizemos, então.
"O prazer e a dor suscitam o desejo.
Desejo de alcançar o prazer e de evitar a dor.
O desejo é o móbil principal da nossa vontade e, portanto, dos nossos actos.
Do pólipo aos homens, todos os seres são movidos pelo desejo.
Inspira a vontade, que não pode existir sem ele, e depende da sua intensidade.
O desejo fraco suscita, naturalmente, uma vontade fraca.
Tudo quanto é querido é, evidentemente, desejado; mas desejamos muitas coisas que, sabemos, não podíamos querer.
O desejo estabelece a escala dos nossos valores, variável [relativizável, portanto], aliás, com o tempo e as raças.
Não existindo em si mesmo o valor das coisas, ele é apenas determinado pelo desejo e proporcionalmente [ relativo] à intensidade desse desejo.
A variável apreciação dos objetos de arte fornece desse facto uma prova diária. "
30 outubro 2005
Do fado e do erotismo
"Se calhar as fadistas estão mais bonitas hoje, ou direi deliciosamente eróticas?"
Nem uma coisa, nem outra.
Amália ou Hermínia, por exemplo, eram deliciosas no esplendor do preto e branco.
Eram mulheres. Bonitas.
Hoje há émulos. E há, principalmente, a lógica da mediatização.
Post-Scriptum. Relativizar o desejo é "simplesmente impossível porque este habita fundamentalmente o binómio emoção e líbido". Não, não é impossível. Antes pelo contrário, será um desígnio, uma inevitabilidade. Porque se não fosse possível relativizá-lo, como funcionaria a sociedade? Ou seja: Como não relativizar o desejo, quando ele é, maioritariamente, uma projecção?
22 outubro 2005
The Castle
Da truculência rezam outras paragens.
Aqui, na fortaleza ocupada pela "fancy", esse "must have" da literatura romântica inglesa, os caminhos são outros. Tão diferentes, quanto impossíveis de percorrer na totalidade.
E a reflexão do fim-de-semana é:
Como relativizar o desejo? Como retirar-lhe importância e carga significante sem estilhaçar o essencial?
16 outubro 2005
lomografar
as futebolices estão aqui mas esse é apenas um pormenor.
Que fazer com um blog?
Levá-lo à séria e dizer coisas importantes?
É melhor não.