Do fado e do erotismo
"Se calhar as fadistas estão mais bonitas hoje, ou direi deliciosamente eróticas?"
Nem uma coisa, nem outra.
Amália ou Hermínia, por exemplo, eram deliciosas no esplendor do preto e branco.
Eram mulheres. Bonitas.
Hoje há émulos. E há, principalmente, a lógica da mediatização.
Post-Scriptum. Relativizar o desejo é "simplesmente impossível porque este habita fundamentalmente o binómio emoção e líbido". Não, não é impossível. Antes pelo contrário, será um desígnio, uma inevitabilidade. Porque se não fosse possível relativizá-lo, como funcionaria a sociedade? Ou seja: Como não relativizar o desejo, quando ele é, maioritariamente, uma projecção?